O metaverso NÃO é o futuro da conexão digital

O termo metaverso é, na verdade, uma tentativa equivocada e deliberada da Ex-Facebook, de rebatizar tecnologias de realidade virtual (VR), realidade aumentada (AR) e realidade mista (XR). Antes de 2021, essa palavra praticamente não existia no vocabulário popular ou no mercado tecnológico, Não era um termo técnico, muito menos um termo de uso comum, nem no brasil nem no mundo. Tudo mudou quando a Meta (ex-Facebook) investiu bilhões para promover o termo como parte de uma estratégia de marketing desesperada e mal executada.

VR Metaverse

Metaverso, a maior Buzzword da internet.

O termo metaverso ganhou destaque em 2021, impulsionado pela Meta (antiga Facebook), que investiu bilhões para promover essa ideia como o futuro da interação digital. No entanto, essa iniciativa pode ser vista como uma tentativa de rebatizar tecnologias já existentes, como realidade virtual (VR), realidade aumentada (AR) e realidade mista (XR), sob um novo rótulo de marketing.

O metaverso é apenas VR com outro nome

A realidade é clara: o “metaverso” proposto pela Meta(Ex. facebook) não passa de uma releitura mal articulada de tecnologias já existentes. Desde os anos 1980 e 1990, até as soluções atuais como headsets VR da Sony, HTC, Google e a própria Meta com o lançamento do Oculus Rift, a base dessas experiências é a imersão em ambientes simulados.

Rebatizar essa tecnologia de “metaverso” não agrega nada. Pior, confunde o consumidor ao tentar forjar um conceito que nunca existiu de fato. A grande verdade é que o verdadeiro foco sempre foi a realidade virtual e aumentada, não algum “universo paralelo” mágico que nem eles conseguem explicar pois não existe.

O mito do metaverso e a campanha da Meta

Segundo a imprensa internacional e várias fontes, inclusive internas, em 2021, a Meta tentou desesperadamente associar-se a essa “nova era digital” após escândalos de privacidade e críticas à ética de seus produtos, para possivelmente, desviar o foco de um possível impacto negativo brutal. Com isso, investiu cifras bilionárias para convencer o público de que o “metaverso” seria o futuro da interação digital, mas falhou miseravelmente. Antes disso, não há registro sério do termo “metaverso” sendo usado de forma relevante em nenhum lugar do mundo, exceto esporadicamente na ficção.

Segundo relatórios financeiros recentes da Bloomberg Intelligence e várias outras fontes financeiras e de tech, o retorno sobre esse investimento foi um fracasso. O mercado global de VR e AR não conseguiu justificar a narrativa fabricada pela Meta. Em vez de avançar, a tentativa de popularizar o termo “metaverso” estagnou, deixando um rastro de confusão e frustração no mercado.

O verdadeiro futuro é VR/AR/XR

É importante desmistificar a ideia de “metaverso” e trazer o foco de volta ao que realmente importa: realidade virtual, realidade aumentada e tecnologias mistas. Essas inovações são poderosas por si só e têm o potencial de transformar indústrias, mas não precisam de um rótulo enganoso para isso.

A insistência em usar “metaverso” como buzzword apenas desvia a atenção do verdadeiro progresso tecnológico. As soluções VR e AR, que existem há décadas, são a base de experiências imersivas e interativas. E isso é mais do que suficiente para moldar o futuro da tecnologia.

A abordagem da Apple e sua própria Buzzword para VR

A Apple, por sua vez, adotou uma postura cautelosa em relação ao termo “metaverso”. O próprio CEO Tim Cook expressou ceticismo com a proposta da Meta (ex. Facebook). Em vez disso, a Apple focou em tecnologias de realidade aumentada e virtual sem associá-las ao conceito de metaverso. O lançamento do Apple Vision Pro, por exemplo, foi apresentado como um dispositivo de “computação espacial”. Nunca usaram o termo “metaverso” para os produtos Apple Vision Pro mesmo sendo concorrentes do mesmo mercado e possuindo dispositivos para exatamente as mesmas propostas.

O pioneirismo do Google Glass 10 anos antes.

Antes mesmo da ascensão do termo metaverso em 2021, o Google já havia explorado tecnologias de realidade aumentada de alto impacto disruptivo e inovação com o lançamento do Google Glass (sem utilizarem o termo “metaverso”) em 2013. Apesar do entusiasmo inicial, o dispositivo enfrentou desafios significativos, incluindo preocupações com privacidade, limitações técnicas e uma estratégia de marketing inadequada. Esses fatores culminaram no fracasso comercial do produto, levando o Google a descontinuar o projeto para o consumidor final e direcioná-lo apenas ao uso empresarial.

O disruptivo Microsoft HoloLens

Outro exemplo é o Microsoft HoloLens, uma tecnologia de realidade mista (XR) “NÃO é metaverso”, que prometia revolucionar indústrias inteiras com sua abordagem inovadora. Embora tecnicamente avançado, o HoloLens enfrentou sérias barreiras de adoção devido ao alto custo e a falta de casos de uso práticos para o mercado consumidor. Importante destacar que a Microsoft nunca usou o termo “metaverso” para promover o dispositivo, focando em aplicações industriais e empresariais. Ainda assim, os resultados financeiros não corresponderam às expectativas, levando a um declínio no entusiasmo pelo produto e sua integração limitada no mercado.

Dados de mercado e investimentos

Apesar dos investimentos massivos da Meta no desenvolvimento do metaverso, os resultados financeiros não corresponderam às expectativas. Relatórios indicam que o retorno sobre esses investimentos foi mínimo, com o mercado global de VR e AR não justificando a narrativa promovida pela empresa.

Além disso, o Apple Vision Pro foi lançado com um preço elevado, direcionado a um público específico, o que pode limitar sua adoção em massa. Enquanto isso, dispositivos como o Google Glass não conseguiram conquistar o mercado de consumo, servindo como um lembrete dos desafios inerentes à introdução de novas tecnologias sem uma proposta de valor clara e uma aceitação cultural adequada.

Realidade Virtual: Uma Realidade, só que Virtual.

O “metaverso” não é o futuro da conexão digital porque, na verdade, ele sequer existe. O que existe são tecnologias bem estabelecidas como Internet & VR, AR e XR, que estão sendo mal interpretadas e rotuladas de forma errada por empresas como a Meta.

Desde 2010, nós, da Metaverso Inteligência Artificial Ltda., entendemos o verdadeiro potencial das tecnologias imersivas. Não precisamos de um nome inventado para legitimar nosso trabalho. O futuro está em soluções reais, não em buzzwords vazias. O “metaverso” é uma farsa. O verdadeiro futuro está nas tecnologias que já existem e nós somos pioneiros no uso dessas tecnologias no Brasil, implementando interatividade e imersividade aos nossos produtos e serviços de Robotização & Inteligência Artificial.

O Fim do metaverso (da Meta)

A tentativa de rebatizar tecnologias estabelecidas como VR, AR e XR sob o termo “metaverso” não apenas falhou em ganhar tração significativa, mas também gerou confusão entre consumidores e investidores. Empresas como a Apple optaram por evitar essa terminologia, focando em inovações tangíveis sem recorrer a buzzwords. O caso do Google Glass exemplifica os riscos de lançar produtos sem uma compreensão clara do mercado e das necessidades dos usuários.

Portanto, é essencial reconhecer que o futuro da conexão digital reside no aprimoramento e na adoção de tecnologias de Dados, IA, realidade virtual e aumentada, sem a necessidade de rebatizá-las sob termos de marketing que pouco acrescentam ao seu valor intrínseco.

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Nota: Este artigo é uma opinião de Jon Cardoso baseada em artigos e fontes da grande imprensa internacional e não reflete a posição da Metaverso Inteligência Artificial Ltda.

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